- Terça-feira, 06 Janeiro 2015
CACO – Parede FC 5-3
Não se podia pedir melhor para inicio de ano que um jogo como aquele que se realizou no Pavilhão do Campo de Ourique entre o primeiro e segundo classificados.
Moldura humana de fazer inveja a alguns jogos da 1.ª divisão, uma partida jogada com ritmo e qualidade como se vê pouco na divisão secundária e uma arbitragem excelente a compor o ramalhete. Saiu vencedor a equipa de Álvaro Ferreira que nos cinquenta minutos da partida foi a que melhor se adaptou às circunstâncias do jogo.
Nem sempre foi uma partida bonita de se ver, valendo sobre tudo pela disposição e entrega dos jogadores. Partida muito táctica com as equipas a respeitarem-se mutuamente e a evitar correr riscos sob pena de sofrerem golos. Foi esta a tónica do jogo
A equipa do CACO ganhou algum ascendente nos primeiros minutos perante um Parede muito bem em termos defensivos, a dificultar as tentativas do ataque da formação alfacinha para a sua baliza. Seria o CACO a inaugurar o marcador à passagem do minuto dez por intermédio de Hernâni Domingos, o que deu alento ao conjunto de Álvaro Ferreira para os minutos que se seguiram. O Parede FC empataria pouco depois, mas Hernâni Domingos, endiabrado nesta partida e dando colorido a um período de maior assédio à baliza do Parede, colocaria o CACO a vencer por 3-1, fazendo um hat trick nesta primeira metade do jogo. O Parede não baixou os braços voltou à carga e até ao intervalo foi mais perigosa conseguindo com essa atitude e já nos minutos finais antes do intervalo reduzir por Ricardo Lopes que bisava assim na partida.
A segunda metade trouxe para o rinque duas equipas dispostas a lutar pelos tres pontos, embora atentas às movimentações contrárias. O Parede a perder assumiu as despesas de jogo, subiu as suas linhas e teve várias oportunidades de golo, chegando mesmo ao 4-3 por João Leite numa fase de jogo totalmente aberto e partido com os contra ataques a serem uma constante. E foi talvez neste aspecto que o CACO se saiu melhor que o seu adversário.
Muito bem em termos defensivos, a equipa de Álvaro Ferreira explorou de forma eximia as transições rápidas apanhando muitas das vezes a formação do Parede em contra pé. Essa intencionalidade acabaria por dar frutos, com André Ferreira a não perdoar na hora da verdade colocando o CACO a vencer por 5-3.
Até final o CACO tentou, e conseguiu, congelar o esférico, perante um Parede que nunca se resignou e procurou dar a volta a um resultado que lhe era desfavorável, mas já sem tempo e sem argumentos.
Triunfo justo do CACO numa partida intensa e espectacular entre duas equipas que mostraram em rinque o porque da posição que ocupam. De registar nesta partida a média de idades das equipas envolvidas, muito jovem, e que deixou claro que a modalidade está a ser bem trabalhada e tem futuro.