- Segunda-feira, 10 Abril 2017
HCP Grândola - AE Física D 1-0
No passado sábado, o pav. “Zeca Afonso” em Grândola, foi palco do jogo grande da 20ª jornada da zona sul da 2ª Divisão, com o HCP local a receber o líder do campeonato.
Frente a frente as 2 melhores defesas do campeonato, prometiam um jogo do “gato e do rato” onde a eficácia poderia ser o segredo do sucesso, algo que efectivamente acabaria por vir a acontecer.
Perante uma numerosa plateia, que quase esgotava a lotação do pavilhão, o jogo começou numa toada lenta e rapidamente foi interrompido para que se procedesse à troca de bola, algo que demorou uma “eternidade”, tendo inclusive o árbitro Paulo Moncóvio que deslocar-se ao balneário para resolver o problema, numa tarde onde diga-se de passagem a arbitragem se pautou por um nível bem aceitável, não tendo tido influencia no resultado final, o que nos apraz registar, depois de terem surgido algumas dúvidas relativas ao critério que esteve subjacente à nomeação que foi feita.
A Física que pode contar com o regresso do seu Cap. Vicente Alves (após cumprir 3 jogos de castigo), ia tendo mais tempo de posse de bola, respondendo os alentejanos com ataques mais rápidos que colocaram “Gordini” à prova em mais de uma ocasião.
Ao passar do 7º minuto de jogo, surge a 1ª ocasião mais flagrante com Vicente a rematar ao poste e no ataque seguinte João Lima a estar tb ele perto de inaugurar o marcador, nesta fase a Física era quem estava por cima da partida, com o Grândola a baixar cada vez mais o seu bloco defensivo.
Talvez apercebendo-se disso, “Quim Zé” lança o jovem José “Tanaka” Bernardo, para dar mais profundidade e velocidade ao seu ataque, algo que viria a render frutos escassos minutos depois, com o jovem alentejano dar vantagem à sua equipa, após uma iniciativa individual, iniciada no corredor esquerdo do seu ataque e concluída já dentro da área com um remate rasteiro a surpreender Ricardo Miranda.
Estávamos sensivelmente a meio deste 1º período e os treinadores iam fazendo algumas alterações com o intuito de refrescar as suas equipas, dado o muito calor que se fazia sentir, apesar do jogo não ter sido jogado a um ritmo muito elevado.
Até ao intervalo as coisas pouco mudaram, com a Física a ter mais bola, mas nem por isso a conseguir criar grandes situações de golo, perante um adversário cada vez mais fechado e preocupado em controlar o jogo, algo que foi conseguido, regressando as equipas aos balneários com 1-0 no marcador.
A história deste 2º período em pouco diferiu do 1º, com a Física, como lhe competia, a ter cada vez mais bola, perante um adversário que se mostrava cómodo com a sua estratégia defensiva que invariavelmente levava a melhor sobre as intenções ofensivas do adversário.
Ainda assim temos a registar alguns momentos, como aquele logo no reatamento do jogo, protagonizado por Vicente que culminou de novo com a bola a bater no ferro da baliza alentejana.
Houve também um momento da partida em que se observaram diversas transições rápidas em direcção às duas balizas, mas “Quim Zé” rapidamente interveio, pedindo aos seus jogadores para acalmarem de novo o jogo.
Instantes após esse momento, surge a grande oportunidade para a Física chegar ao empate, na sequência do LD originado por um cartão azul mostrado a Hugo “Carinhas” Santos, mas Gaspar chamado à conversão dessa penalidade, permite defesa a Piteira, com o guarda-redes anfitrião e ter de se aplicar a fundo mais um punhado de vezes para evitar que a Física não chegasse ao empate durante os 2 minutos de PWP de que dispôs.
Estávamos sensivelmente a meio deste 2º período e não havia forma de o marcador voltar a funcionar, muito por culpa da excelente organização defensiva alentejana, associada também a alguma passividade do ataque Torreense que não aparentava a dinâmica de outras tardes, ainda assim eram dos forasteiros as melhores oportunidades, mas em última análise estava lá Piteira a evitar males maiores para a sua equipa.
Chegados aos derradeiros 5 minutos de jogo, a Física resolveu finalmente pressionar o seu adversário a toda a pista, conseguindo com isso criar alguma destabilização na organização defensiva adversária, mas apesar desse forcing final acabaram por ser os alentejanos a dispor da melhor ocasião de golo, quando Bernardino desperdiçou um LD a penalizar a 10ª falte de equipa Torreense a sensivelmente 50s. do final.
Na sequencia desse lance, André Gil abdica do g.redes e joga estes derradeiros segundos com 5 jogadores de campo, numa tentativa desesperada de evitar uma derrota que se viria a confirmar para gaudio das gentes alentejanas, que vêem assim a sua equipa cada vez mais próximo, de poder realizar o sonho de fazer regressar o HP de 1ª, aquela região do país.
Na próxima jornada a realizar dentro de 15 dias (por interrupção dos campeonatos no fds de Páscoa), o Grândola viaja até Oeiras para defrontar outro dos candidatos à subida, enquanto a Física recebe o aflito HC Vasco da Gama.
Fonte / Foto – José Carlos Gaspar