- Segunda-feira, 16 Julho 2018
<Luís Sénica, selecionador nacional, encara o Europeu, que arranca este sábado na Corunha, como o momento para confirmar uma nova ordem.
Dois anos após a festa de Oliveira de Azeméis em torno do título europeu, que terminou com um jejum de 18 anos, e um ano após a final mundial perdida nos penáltis, Portugal quer bisar em casa da seleção que mais ganhou neste século: desde 2000, Espanha conquistou sete títulos europeus e cinco mundiais.
"Espanha teve um momento em que dominou, mas Portugal está agora mais próximo de outras realidades", confirma Luís Sénica, realçando: "O Mundial da China foi um momento diferente, o importante é confirmarmos que estamos mais perto das grandes decisões." "Olhando para um passado recente, vemos que a tendência é estarmos nos principais momentos, em que ganhamos mais", sublinha o treinador, explicando que partir para o Europeu na qualidade de campeão "é diferente do ponto de vista emocional". "É mais difícil andar atrás do título, em que a pergunta que se faz é: "Será que é desta?" Neste momento, a questão é: "Será que agora vamos conseguir defender o título?" Estamos tranquilos", concretiza o técnico, que não quer "resumir o Europeu a uma conversa entre Portugal e Espanha", porque "Itália venceu em Alcobendas, esteve na final de Oliveira de Azeméis e há que a colocar nas contas". E há ainda França: "É uma seleção a ter em conta, que melhorou a competitividade, aproveitando bem os jogadores que estão em Espanha. O facto de se apresentar apenas com oito jogadores [o Estado francês retirou o estatuto de alta competição ao hóquei e retirou-lhe verbas] não os torna menos capazes. Faço votos para que este rumo seja invertido." Quanto à missão portuguesa na 53.ª edição do Europeu, acolhido por Espanha pela nona vez, passa por atacar o 22.º ouro da história, sendo "uma equipa que terá de ser pragmática quando tiver de o ser e que jogará à portuguesa quando tiver de jogar.">
Foto±fonte: Jornal "O Jogo"