- sexta, 07 junho 2019
Márcio Ornelas depois de 26 anos ligado à modalidade, resolveu “pendurar” os patins, no final desta temporada.
Natural de Porto Santo, foi ali que ganhou o “bichinho” pelo HP e foi num piscar de olhos que decidiu ser guarda redes.
Foi no Clube da Ilha, no Portantense que fez toda a sua formação, desde 1993 até 2004. Ingressaria no São Roque (Clube sediado no Funchal onde permaneceu até 2007, tendo regressado posteriormente e até 2010 ao Portosantense.
Em 2010 começa a sua aventura no Continente, com o SC Tomar, que subira nessa temporada ao escalão maior, a convida-lo e onde permaneceu por duas épocas, tendo então seguido, em 2012 para o SC Marinhense onde permaneceu durante sete temporadas, que culminaram no final desta época.
Um percurso intenso e recheado e bons momentos, onde soube sempre cultivar amizades, fruto da sua personalidade.
Tivemos uma pequena conversa com Márcio Ornelas e a primeira questão colocada foi saber os motivos desta retirada.
“Após 26 anos de carreira, acho que chegou o momento de me despedir da melhor modalidade do mundo, foi uma decisão muito difícil mas esse dia tinha de chegar. Agora quero passar mais tempo com a minha família e dedicar-me a eles”, começou por dizer.
“Estou orgulhoso de todo o meu percurso, foi uma continua construção e aprendizagem a nível hoquista e a nível pessoal, dediquei-me sempre a 100% por onde passei, fosse em projetos mais exigentes ou menos, o empenho era sempre o mesmo, sendo que com o passar dos anos houve uma grande evolução no que se refere à modalidade e a exigência também aumentou e tentei sempre trabalhar para estar ao mesmo nível”, foi dizendo quando o questionamos para fazer um balanço da sua carreira desportiva.
Com um percurso de mais de duas décadas, há sempre momentos que marcam, sejam pela positiva, ou não.
“Todas as épocas foram muito marcantes, com consideração especial, principalmente às pessoas que passaram pela minha caminhada e que me deixaram marcas, foi o melhor que o hóquei me deixou sem dúvida alguma. Em relação a momentos marcantes dentro "do ringue", um deles é entrar num projeto na 3.ª divisão e chegar até á 1.ª divisão (SC Marinhense) com muito suor e sacrifício, foi dignificante para todos os que estiveram envolvidos”.
Por fim quisemos saber, se, independentemente de agora terminar o seu percurso como jogador, se vai continuar ligado à modalidade.
“Tenho um gosto muito grande em passar aos mais novos aquilo que sei e aprendi nestes anos todos, penso que posso vir a trabalhar nesse sentido se a oportunidade aparecer”, finalizou.