- quarta, 13 janeiro 2021
Na segunda Cimeira das Federações Desportivas, que decorreu em Odivelas, o presidente do COP afirmou que o desporto "coloca-se do lado da vida contra a pandemia", mas reiterou que não abrandará a pressão sobre o governo
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, classificou como "inexplicável" que as federações desportivas não sejam interlocutoras do governo na tomada de decisões que afetam diretamente o setor.
"É inexplicável que haja preocupação, do ponto de vista da decisão política, relativamente à generalidade dos setores sociais, e, relativamente ao desporto, até à data, isso não tenha existido", disse o líder do COP.
Na segunda Cimeira das Federações Desportivas, que decorreu em Odivelas, o presidente do COP afirmou que o desporto "coloca-se do lado da vida contra a pandemia", mas reiterou que não abrandará a pressão sobre o governo no sentido de fazer perceber a urgência em que o setor se encontra.
"O que sai desta segunda cimeira é um reforço dessa necessidade, uma urgência que é acrescida pelo facto de estarmos a viver uma situação que, expectavelmente, vai ser ainda mais severa da que vivemos anteriormente. Por isso, não esperem das federações desportivas um abrandamento da pressão que temos colocado e à urgência em se encontrarem respostas para ajudar a minimizar a situação que estamos a viver", avisou José Manuel Constantino.
O presidente do COP disse ainda "estranhar" não saber que medidas vão ser adotadas pelo governo se vier a ser decretado um novo confinamento geral.
"Era essencial que, relativamente ao desporto, houvesse um diálogo, uma aproximação e troca de opiniões sobre esta matéria. Estou espantado que estejamos a 24 horas do anúncio de novas medidas de confinamento e, relativamente ao setor desportivo, venhamos a saber o que vai acontecer através dos órgãos de comunicação social", criticou o dirigente desportivo.
Fonte- Jornal “O Jogo” * Foto- PAULO SPRANGER/Global Imagens